Violência extrema foi tema de palestra para educadores e outras lideranças

Evento promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, abordou temas atuais que se propagam por meios digitais e como o problema pode ser prevenido

Diretores de escolas da rede municipal, representantes das secretarias de Educação e Cultura e de Desenvolvimento Social e Habitação, servidores dos centros de Atenção Psicossocial (CAPS), de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), de Apoio à Diversidade Escolar (CEMADE), do Conselho Tutelar, do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE) e do Lar Colmeia participaram, na quinta-feira (22), da palestra do Projeto Sinais. O evento, na Câmara de Vereadores, foi promovido pela Prefeitura de Campo Bom, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC).

O encontro contou com a participação da Promotora Drª Priscila Raminelli, representante do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), e teve como tema “Sinais! Precisamos falar sobre violência”. Em sua fala, Raminelli alertou sobre os riscos que o mundo virtual representa, principalmente, às crianças e adolescentes, pela facilidade de propagação de discursos de ódio, radicalização e violência. Ela ressaltou a necessidade de desenvolver estratégias preventivas eficazes, de modo a se evitar a prática de atos de violência, e apresentou, também, dados alarmantes sobre situações de violência extrema no país e no mundo destacando indicadores de comportamentos violentos entre adolescentes. O uso da internet por crianças e adolescentes sem a devida supervisão, os torna vulneráveis à manipulação por grupos violentos. Alertas importantes sobre a linguagem oculta na internet também foram apresentados.

O Projeto Sinais foi criado pelo Núcleo de Prevenção à Violência Extrema do MPRS e busca a identificação de produtores de violência, mapeamento da radicalização, com programas de desengajamento e guias de prevenção. Sua ação foca na violência extrema que pode ser cometida por crianças, adolescentes e jovens. Seu principal objetivo é orientar a comunidade escolar e as famílias e capacitar órgãos públicos, como conselhos tutelares e profissionais da saúde, assistência social e segurança pública, para reconhecer os sinais que os jovens apresentam e que podem desencadear um episódio agressivo. Embora seja difícil prever a ocorrência de um evento violento, indícios podem sinalizar que um aluno, um adolescente, está com problemas que podem levar a uma agressão extrema.

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